terça-feira, 14 de agosto de 2007

"Combustões" no fim?

Acabado de chegar da curta pausa, uma das primeiras notícias a que acedo é a do fim anunciado do Combustões. A surpresa não é total, mas…
Sigo o trajecto de Combustões praticamente desde o seu início por duas razões: pelo rigor intelectual do Miguel Castelo Branco e pela amizade pessoal que cultivamos há mais de 20 anos.
Quando conheci o Miguel, já a ideia era essa – a da pessoa culta, não cedendo a estereótipos, gostando de pensar e de apresentar uma visão do mundo com base na História e num esquema de pensamento informado e plural. Tem sido isso que ele tem transmitido ao Combustões, com comentários certeiros e cultos (deixem-me que destaque esta última característica), sem ir a reboque de coisa nenhuma a não ser da sua maneira de pensar e de ver os acontecimentos, o mundo, a História, a vida. Recomendei o blogue do Miguel a amigos e inseri-o aqui na lista dos “favoritos”. E será uma pena para o pensamento bloguístico se o Combustões acabar, como o Miguel anunciou num dos seus recentes “postais”.
Conservo a esperança de que este seja um falso anúncio, porque o Miguel não é pessoa de abandonar a discussão das ideias. E, mesmo noutro lado do planeta, o seu contributo pode chegar… sobretudo porque é necessário!

1 comentário:

Combustões disse...

Meu caro e sempre amigo João:
Mil desculpas por não ter podido responder às tuas últimas duas mensagens por mail, mas tive um problema com vírus e toda a correspondência encontra-se de quarentena. Leio com todo o prazer e atenção o Nesta Hora e também ali encontro o fantasma do seu criador. Depois de vinte anos passamos a conhecer os amigos até na sombra que projectam. O Nesta Hora evoluirá, estou certo, ao encontro da mão que o anima. Estou morto por ali encontrar a basta erudição literária do autor, uns postais sobre a pena e a espada - como vai a tese ? - e apontamentos sobre a poesia minhota. Lá longe, pouco motivado para as politiquices, Nesta Hora dar-me-á, estou certo, a dimensão exacta daquilo por que vale a pena persistir em ser Português. Um abraço do teu sempre amigo e admirador
Miguel C Branco