quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Há pouco mais de um quarto de milénio...

... em Setúbal, nascia uma criança que viria a receber o nome de Luísa Rosa de Aguiar. Aquela que se supõe ter sido a casa dos primeiros anos dessa menina ainda hoje existe, com lápide evocativa. Fica na zona de Tróino, na Rua da Brasileira, que, em 1753, data do nascimento da futura cantora, se chamava Rua de Coina.
O dia 9 de Janeiro desse ano foi o início do percurso para mais uma celebridade sadina, Luísa Todi. Entrava-se, aliás, num meio-século que viria a ser de ouro para Setúbal, devido às figuras que aqui surgiram e foram contempladas com a fama - dois anos antes, nascera o que viria a ser o poeta Santos e Silva; doze anos depois, era a vez de nascer o poeta Bocage; em 1785, começava a viver Teotónio Banha, militar e pintor; por aqui andou também, nesta época, o pintor José António Benedito Soares da Gama de Faria e Barros, que ficou conhecido por "Morgado de Setúbal" (que, tendo nascido em Mafra em 1752, passaria parte significativa da sua vida na cidade do Sado, onde faleceu em 1809).
Voltando a Luísa Todi, cuja casa tem sido objecto de notícias como futuro museu dedicado à diva, o seu percurso biográfico pode ser conhecido através de três importantes estudos: Luísa Todi - Estudo Crítico, de Joaquim de Vasconcelos (2ª ed. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1929); Luísa Todi, de Mário Moreau (Lisboa: Hugin Editores, 2002); Luísa Todi - A voz que vem de longe, de Victor Luís Eleutério (Lisboa: Montepio Geral, 2003). Para os mais novos, em biblioteca, pode ainda ser encontrada obra A vida fascinante de Luísa Todi, de Maria Isabel Mendonça Soares (Lisboa: Verbo, 1967).
[foto: na Pastelaria "Bambu", em Setúbal, na Fonte Nova]

Sem comentários: