terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Retratos do país na mensagem de Ano Novo do PR

A mensagem de Ano Novo do Presidente da República contemplou também a educação:
"Tenho-me empenhado em chamar a atenção para o papel decisivo da educação das crianças e jovens na construção do futuro que desejamos para Portugal.
O aumento do número de alunos no ensino secundário e superior e a redução do insucesso e do abandono escolares são sinais positivos do ano que terminou.
Sei, também, que há mais escolas em que a qualidade do ensino é uma realidade efectiva.
Mas temos ainda muito a fazer para reduzir o atraso de qualificação dos nossos jovens, em comparação com a maioria dos países da União Europeia.
Para termos sucesso é preciso unir esforços, melhorar o clima de confiança entre todos os intervenientes no processo educativo.
É preciso assegurar o empenho e a dedicação dos professores, exigir uma participação mais activa dos pais na educação dos filhos, mobilizar as comunidades locais. E não podemos dispensar a exigência para com os alunos. (…)
"
Pelo meio da mensagem, ficaram ainda apelos ao diálogo, que também devem ser ouvidos no sector da educação:
"Para vencermos os desafios que temos à nossa frente, será altamente vantajoso o aprofundamento do diálogo entre os agentes políticos e do diálogo entre os poderes públicos e os grupos e parceiros sociais. (…)
O aprofundamento do diálogo permitirá, certamente, melhorar a compreensão das políticas, reduzir a conflitualidade e as tensões e criar uma envolvente mais favorável ao desenvolvimento do País. (...)
"
A mensagem referiu alguns sucessos, mas também citou o caminho que falta percorrer. O discurso foi parco em elogios (de que destaco a referência à crescente acção do voluntariado), comedido e apontou problemas reais como a insegurança na economia , as finanças públicas, o desemprego, a exigência de uma estratégia para os fundos comunitários que hão-de chegar, a carência de celeridade na justiça, as desigualdades na distribuição do rendimento, a baixa natalidade, o comportamento na condução, o despovoamento e envelhecimento no interior e o acesso aos cuidados de saúde.

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