quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Cinco medidas para uma escola diferente (e melhor)

«(...) Li as proclamações do primeiro subscritor da Moção Política de Orientação Nacional ao XVI Congresso do Partido Socialista. No que toca à Educação é um exercício de puro estardalhaço sobre o que tem conduzido as escolas ao caos e deixa sem tocar o que produz resultados: mais conhecimento à saída do sistema. Sendo aquilo, obviamente, o embrião do próximo programa eleitoral, dei por mim a pensar em cinco medidas que fariam a diferença, a saber: uma intervenção radical em matéria de planos de estudo e correspondentes programas, redesenhando tudo o que hoje é um vazadouro de modas pedagógicas sem nexo e de problemas sociais que não pertencem às escolas; uma intervenção de verdadeira ruptura com o modelo de formação de professores, cuja exigência é inaceitavelmente pobre no plano científico, cultural e didáctico; uma intervenção de corte com a tradicional estrutura orgânica da Educação, dando verdadeira autonomia às escolas, trazendo para a sua gestão os melhores e reservando estritamente para o Ministério da Educação a estratégia nacional, a supervisão e o controlo da qualidade; uma intervenção criando um serviço nacional de testes e registos educacionais, que sustentasse racionalmente as tomadas de decisão e subtraísse o futuro dos estudantes ao simples capricho, não fundamentado, dos políticos; uma ruptura total com o paradigma lúdico da escola e consequentes intervenções: devolução da autoridade aos professores, redesenho dos estatutos dos alunos e dos docentes e redefinição dos conceitos de escola inclusiva e a tempo inteiro.»
Santana Castilho. "Um rotina insustentável". Público: 21.Janeiro.2009

2 comentários:

Porfirio Silva disse...

Dados os interesses deste blogue, talvez não seja abusivo notar que publico hoje algumas observações sobre o artigo de Lídia Jorge no jornal Público do passado dia 9, sob o título O racionalismo da acção enganou a humanista?

Anónimo disse...

Quem será que não anda muito longe do insulto?
Eu, se me permitirem confessar, sinto-me insultada quando alguém me quer convencer que não importam meios para atingir fins!
Importam e muito!
MCT