quarta-feira, 17 de outubro de 2012

No estado a que Portugal chegou, é difícil encontrar melhor...

Concordo com Henrique Monteiro na sua crónica "Vamos falar a sério do próximo governo". Com efeito, já basta de falta de habilidade política, de massacre sobre as consciências dos portugueses, de derivas e desnortes, de incompetência na liderança, de avanços e recuos, de soluções impensáveis porque impraticáveis, de demagogia (seja ela oriunda da política, da finança ou de outra área qualquer). Já fizeram terramotos que chegassem. Já desmotivaram e desmoralizaram qb. Há que optar por outra solução porque a presente já não merece que se acredite.
Das várias encenações inventariadas por Henrique Monteiro, a última parece-me também a menos má. Por isso, a transcrevo:
«Remodelação do Governo atual - É, claramente, a minha opção preferida. Melhor ainda se o Presidente da República conseguir um acordo entre os três partidos subscritores da troika para a reforma do Estado (extinção de autarquias, institutos, observatórios e etc.), a relação com as PPP, revisão constitucional e uma política orçamental estruturada naquilo que foi aprovado (2/3 pelo lado da despesa e 1/3 pelo lado da receita). Para isto, apenas basta que saiam do Governo alguns ministros (como Relvas) que são mais problema do que solução, entrando outros com mais peso político. Seria também necessário que o Presidente usasse a sua influência positivamente, que o primeiro-ministro soubesse governar sem impor e que o líder do PS se sentisse à vontade para entrar neste jogo, controlando a deriva demagógica de alguma esquerda do seu partido. Devido a estas exigências de responsabilidade, é provavelmente a solução mais difícil.»

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